Mãos dadas
Mãos dadas
Carlos Drumnond de Andrade
Foto- Rose Nakamura
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos,
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
Quantas saudades temos de ti querido Drumond.
ResponderExcluircom certeza estás a declamar junto de Cora,Assis,Camões e tantos outros.
Se pudesses me ouvir pediria que também tivesses um te a te com os poetas da música,que tanto nos fazem falta...Cazuza,Renato Russo,Jobim,Jamelão......
Viva a poesia
Rose,
ResponderExcluirUma flor maravilhosa e um poema lindo!
Beijos
Luísa
SAUDAÇÕES!
ResponderExcluirAMIGA ROSE,
Ultimamente minha amiga está postando poesias extraordinárias e em especial de autores consagrados!
Parabéns pela linda poesia!
Abraços!
LISON.
Oi Rose, e de mãos dadas pego essa carona com você para prestigiar Drumond.
ResponderExcluirabraços
Lindo seu blog, amiga!!!!
ResponderExcluirmuito capricho e belas flores...
beijos